Supernatural é daquelas séries que envelhecem bem, e ficam ainda melhores na segunda maratona. Com 15 temporadas e mais de 300 episódios, os fãs antigos sabem: tem muita coisa escondida ali, entre anjos, demônios e clássicos do rock.
Alguns detalhes são tão sutis que só aparecem para quem revê tudo com atenção. E se você achou que já tinha entendido tudo sobre os irmãos Winchester, pode se surpreender com o que ficou nas entrelinhas.
O número de personagens principais só cresce com o tempo
No começo, parecia simples: dois irmãos, um Impala e uma missão. Mas a partir da 3ª temporada, a série começa a expandir sua história, e com ela, o elenco. Katie Cassidy e Lauren Cohan entraram como Ruby e Bela, mas foram rejeitadas por boa parte do fandom e rapidamente sumiram. Já Misha Collins entrou discretamente como Castiel na 4ª temporada e logo virou peça-chave da trama.
Com o tempo, personagens como Crowley, Lucifer e Jack também passaram de participações pontuais para integrantes centrais da história. Só percebemos o quanto o elenco principal cresceu quando assistimos de novo e comparamos com os primeiros episódios, que parecem quase minimalistas perto do que a série se tornou.
Os pais dos Winchesters voltam mais vezes do que você imagina
Se tem uma coisa que Supernatural faz bem é driblar a morte. Sam e Dean morrem, voltam, morrem de novo… e com os pais deles não é diferente. John e Mary Winchester aparecem bem mais vezes do que lembramos. Mary, por exemplo, reaparece ainda na 1ª temporada como espírito, muito antes de sua ressurreição oficial no final da 11ª.
John volta como fantasma, como versão jovem em viagens no tempo, e até tem um episódio só para reunir a família inteira no presente. Quando se assiste tudo de novo, dá para perceber que a ausência deles nunca foi tão definitiva quanto parecia na primeira vez.
A trilha sonora perde força com o passar das temporadas
Se você sente saudade de ouvir AC/DC ou Kansas nos episódios mais recentes, saiba que não é impressão sua. As primeiras temporadas são recheadas de clássicos do rock, era uma das marcas da série. Cada season finale, cada momento épico, tinha um riff inesquecível.
Mas depois de algumas temporadas, a frequência com que essas músicas aparecem diminui bastante. O motivo? Muito provavelmente, cortes de orçamento. Na primeira maratona de Supernatural, a gente passa batido. Mas revendo, a diferença no impacto que a música traz é gritante.
Castiel vira coadjuvante após a 8ª temporada
Todo mundo ama o Castiel. Ele surgiu como um anjo impassível e se transformou em um dos personagens mais queridos da série. Só que depois da 8ª temporada, sua relevância começa a diminuir. A história do personagem entra num ciclo de perda de poderes, recuperações parciais e tramas paralelas que nunca se resolvem totalmente.
Só revendo a série é que percebemos como ele passa longos episódios apenas acompanhando os irmãos, sem grande influência na trama principal. Um desperdício de personagem, considerando principalmente o impacto que ele teve no início.
A inconsistência dos irmãos com monstros e demônios
Sam e Dean têm regras claras: salvem pessoas, cacem coisas. Mas, na prática, isso muda bastante ao longo da série. Vampiros que não matam humanos são poupados num episódio e exterminados em outro. Demônios, que teoricamente possuem humanos inocentes, são mortos sem cerimônia, mesmo quando há possibilidade de salvar os hospedeiros.
Essa mudança de comportamento fica mais evidente quando você reassiste tudo de uma vez. O senso de moralidade dos irmãos é… flexível, para dizer o mínimo. E em muitos casos, contraditório.
Várias histórias simplesmente são esquecidas
Com 15 temporadas, é até compreensível que alguns arcos de Supernatural fiquem pelo caminho. Mas só na segunda maratona você nota quantas tramas promissoras foram deixadas de lado. O caso mais emblemático é o episódio Linhagens (20º episódio da 9ª temporada), que serviria como piloto para um spin-off sobre máfia de monstros, e nunca mais foi mencionado.
Personagens queridos como Claire Novak, Cole Trenton e até o Anticristo (!) aparecem com potencial para continuar e somem sem explicação. É uma série que criou um universo riquíssimo, mas que nem sempre soube o que fazer com ele.
Todas as temporadas de Supernatural estão disponíveis na Max.