A segunda temporada de Classe dos Heróis Fracos entregou um encerramento provocador. A cena pós-créditos deixa claro que ainda existem pontas soltas e que a história está longe de se encerrar.
Baseada no webtoon de Seopass e Kim Jin-seok, a adaptação televisiva da Netflix esgotou quase todo o conteúdo das histórias publicadas originalmente.
Enquanto a primeira temporada foi elogiada pela fidelidade ao material de origem, a segunda correu com o ritmo e ignorou capítulos importantes, decepcionando parte dos leitores.
Agora, com o material de origem praticamente encerrado, a série ainda dá indícios de continuar, gerando especulações sobre sua narrativa.
Possíveis rumos com histórias originais
Assim como Alice in Borderland, outra série da Netflix que superou o final de seu mangá, Classe dos Heróis Fracos pode apostar em uma narrativa original. O universo criado já está suficientemente estruturado para permitir expansões criativas.
O final da segunda temporada sugere uma reorganização completa das forças em jogo. Com a morte de Baek-jin, a União perde sua liderança, e Choi tenta aliciar Seong-je para ocupar o cargo. Embora ele recuse, sua resposta pode mudar no futuro, abrindo caminho para um novo antagonismo.
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A volta de Su-ho às atividades e a possibilidade de se unir ao time de Baku e Si-eun também muda o cenário. Com uma equipe mais experiente e unida, a próxima temporada pode apostar em combates mais elaborados e dramáticos, mantendo a identidade da série com foco nas relações e nas feridas emocionais.
Outro elemento que pode ser explorado é o destino de Beom-seok. Seu breve reaparecimento sem explicação abre espaço para diversas teorias. Essa incerteza pode se tornar uma das principais linhas narrativas caso a série avance para um novo ciclo.
O vazio deixado pelo mangá
O desafio de continuar sem um roteiro base é manter o nível de profundidade dos conflitos. Se optarem por desenvolver uma narrativa autoral, os roteiristas precisarão se concentrar na evolução de Si-eun, que segue tentando se libertar do peso da culpa e consolidar suas relações com os colegas.
Ao mesmo tempo, o vácuo deixado pela adaptação acelerada do mangá pode ser usado como oportunidade. Os arcos não adaptados talvez retornem fora de ordem cronológica, mas também podem ser incorporados em flashbacks ou como elementos estruturais das novas fases.
Se a Netflix realmente decidir seguir em frente, a terceira temporada pode funcionar como encerramento da franquia. Seria a chance de concluir as trajetórias principais com um clímax digno.
Por ora, não há confirmação oficial sobre a renovação. Mas, diante do sucesso e desfecho da segunda temporada, Classe dos Heróis Fracos deve retornar para mais um ano.
