O universo de The Last of Us segue crescendo na segunda temporada, sem perder tempo na introdução de novos personagens que ajudam a moldar o futuro de Ellie.
Conhecido por ser um dos vilões de The Last of Us: Parte II, Isaac Dixon é interpretado por Jeffrey Wright, que também deu voz ao personagem nos jogos. O perosnagem foi introduzido logo nos primeiros minutos do episódio 4 e teve um tempo de tela bem expressivo.
Com sua estreia na série, o público pode pensar que acabou de conhecer apenas mais um antagonista, mas, na verdade, ele é uma figura-chave para entender a jornada de Abby – pelo menos no jogo.
O líder impiedoso dos Wolves
Antes do surto de Cordyceps, Isaac serviu no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA. Essa experiência moldou sua postura de comando, transformando-o em um líder cada vez mais autoritário.
O perosonagem é apresentado logo no início do episódio da semana como um soldado da FEDRA que trai seus companheiros e se alia ao grupo rebelde conhecido como Washington Liberation Front, a W.L.F. Com o tempo, ele se torna o comandante da milícia que controla Seattle.
Seus métodos se tornaram mais extremos. Ele não apenas combateu a opressão, mas também a reproduziu. Sob seu comando, a W.L.F. se transformou em uma potência paramilitar e passou a exterminar qualquer grupo que representasse ameaça ao seu domínio.
Sua liderança é marcada por estratégias brutais, principalmente na guerra contra os Serafitas. Torturas, execuções e ofensivas sangrentas são parte do seu cotidiano. Ele não é retratado como herói nem mesmo por seus aliados. Temido e respeitado, Isaac é movido pela ideia de que o fim justifica os meios.
Diferenças com o jogo
Após o massacre dos Vagalumes por Joel no hospital de Salt Lake City, Abby e alguns sobreviventes encontraram abrigo com a W.L.F. Isaac os acolheu e ofereceu uma nova causa: destruir os Serafitas. Esse propósito deu sentido à vida de Abby, devastada pela perda do pai.
Com o tempo, a personagem se destacou entre os soldados e passou a liderar missões sob ordens diretas de Isaac. A dinâmica entre os dois evoluiu para algo semelhante a uma relação de pai e filha, embora fundamentada na violência.
No jogo, Ellie nunca encontra Isaac, tão pouco ele aparece no momento presente. Na história original ele é mencionado apenas em diálogos e documentos, e sua aparição está reservada aos flashbacks. Além disso, o personagem só é relevante na parte da história dedicada a Abby.
A série, no entanto, está construindo seu papel desde cedo, inserindo-o como um antagonista. O confronto com os Serafitas funciona como um novo exemplo do ciclo interminável de violência fantasiada de justiça que pauta as atitudes abordadas no segundo jogo, mas os acontecimentos prosseguem de forma bem diferente.
Apesar disso, seu papel no futuro da série e na história da Abby ainda segue indecifrável. Com a promessa de explorar mais a fundo a história da personagem na próxima temporada, é provável que a relação entre ela e Isaac ganhe mais destaque.