A adaptação animada de Devil May Cry finalmente estreou na Netflix, e não demorou muito para causar aquele verdadeiro terremoto na comunidade de fãs. Produzida por Adi Shankar, o mesmo responsável por Castlevania, a série chegou com a promessa de manter a essência da franquia hack-and-slash da Capcom, mas a verdade é que ela chutou a porta, revirou o lore e reconstruiu tudo em uma linha do tempo completamente nova, dentro do tal “Bootleg Universe” criado pelo próprio Shankar.
E aí mora o grande ponto: apesar de manter personagens como Dante, Vergil, Mundus e até o Devil Trigger, a série toma liberdades criativas ousadas. A seguir, mergulhamos nas 5 mudanças mais drásticas que a Netflix fez em Devil May Cry, e que estão dando o que falar. Spoilers à frente, continue por sua conta em risco.
Se você reconhece a voz de Dante de longe, prepare-se para um choque. A série da Netflix decidiu ignorar completamente o elenco de dubladores que marcou a franquia nos jogos. Nomes como Reuben Langdon (Dante), Kate Higgins (Lady) e Daniel Southworth (Vergil), que acompanham os personagens há anos, foram deixados de lado.
Lady sempre foi uma personagem marcante da série: determinada, brutal nas batalhas, mas com uma trajetória de dor e redenção. Introduzida em Devil May Cry 3 como uma caçadora de demônios movida pela sede de vingança contra seu pai, Arkham, ela conquistou os fãs justamente por seu amadurecimento ao longo dos jogos.
Se tem uma coisa que Devil May Cry sempre fez bem, é criar chefões memoráveis. Cada jogo da franquia tem suas batalhas marcantes, com inimigos únicos e desafiadores. O que a Netflix fez? Pegou vários desses vilões de jogos diferentes e os jogou no mesmo balaio, como capangas do misterioso Coelho Branco. Estamos falando de Plasma (do primeiro jogo), Agni e Rudra (do terceiro), Echidna (do quarto) e Cavaliere Angelo (do quinto).
Entre todas as mudanças visuais, essa talvez seja a mais estranha. Agni e Rudra, os famosos demônios gêmeos de Devil May Cry 3, sempre foram lembrados por um detalhe bem específico: suas cabeças ficavam embutidas nas espadas. Isso dava um charme bizarro (no melhor sentido possível) ao design dos personagens e reforçava o tom surreal da franquia. Mas na série da Netflix, eles aparecem com cabeças humanas normais, o que tira boa parte do impacto visual que tinham nos jogos.
Nos bastidores da franquia, há um mangá canônico de Devil May Cry 3 que apresenta um personagem chamado Coelho Branco , uma persona assumida por Arkham para manipular Dante e Vergil. Por isso, muitos fãs juravam que, ao ver esse nome na série da Netflix, o personagem seria uma versão alternativa do mesmo vilão dos jogos. Errado. O Coelho Branco da animação é completamente diferente.