Celebridades

Cocriadora de Sense8 revela que também é transgênero como a irmã

Algum tempo atrás, Lana Wachowski, cocriador da franquia Matrix, assumiu sua identidade como uma mulher transexual para a imprensa. Ontem (08), em meio a ameaças de veículos de imprensa que tentavam expô-la à força, a irmã de Lana, Lilly, também se assumiu como mulher transexual no Windy City News, um periódico de orientação LGBT de Chicago.

As irmãs ganharam notoriedade no cinema em 1999, quando dirigiram Matrix, hoje considerado um clássico da ficção científica e da ação. Na época, eram creditadas como Andy & Larry Wachowski, seus nomes de batismo – com o passar dos anos, foram preferindo aparecer nos créditos dos filmes apenas com The Wachowskis, como acontece na série Sense8, produzida, escrita e dirigida por elas para o Netflix.

Em sua declaração, Lilly Wachowski criticou o tabloide britânico The Daily Mail, que ela disse ter a abordado na porta de sua casa pedindo que ela contasse sua história, ou eles iriam publicar a notícia de que ela era uma mulher transgênero sem citação alguma dela. Segundo Lilly, o Daily Mail foi responsável por expor uma professora transgênero no Reino Unido e fazê-la perder o emprego.

Pouco tempo depois do anúncio de Lilly, o diretor da GLAAD, uma organização famosa pela defesa de causas LGBT, soltou uma declaração celebrando a notícia e condenando a atitude do Daily Mail, que mais tarde negaria ter tentado coagir Lilly a se expor antes do que ela gostaria.

“Estamos felizes que Lilly Wachowski pode ser seu eu mais autêntico agora, mas ela não deveria ter sido levada a fazer isso antes de estar completamente pronta”, disse o diretor da GLAAD. “Jornalistas devem aprender que é inaceitável tirar uma pessoa transgênero ‘do armário’ tanto quanto é inaceitável fazer isso com pessoas gays, bis ou lésbicas”.

Em outra parte de sua declaração, Lilly agradece à irmã por ter lhe dado a coragem de começar a viver sua identidade como mulher, se diz sortuda por possuir uma família que a apoia e uma condição social que chamou de privilegiada. Citando a luta de pessoas transgênero mais pobres, Lilly notou que se sentia hesitante em assumir-se publicamente porque não gosta de usar a palavra “transição”.

Segundo a diretora e roteirista, o processo de “transição” entre o sexo masculino e feminino é um processo contínuo e fluído, que ela vem vivendo a vida inteira.

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