Críticas

Crítica | Jogos Vorazes: A Esperança – O Final

Os jogos chegaram ao fim. Tanto os próprios Jogos Vorazes – o pano de fundo da franquia – quanto os outros jogos da história, como o político e o amoroso. Em Jogos Vorazes: A Esperança – O Final, o quarto filme, o destino de Katniss Everdeen, Peeta Mellark, Gale Hawthorne e de toda a população dos distritos de Panem se encaminha para um desfecho.

Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence, de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido) continua liderando os rebeldes contra o exército de pacificadores do Presidente Snow (Donald Sutherland). A jovem do Distrito 13 se coloca totalmente a dispor da Presidente Alma Coin (Julianne Moore, de Para Sempre, Alice) e do braço-direito desta, Plutarch Heavensbee (o falecido ator Philip Seymour Hoffman). Mas apesar da destruição do Distrito 12, parece que o jogo virou. Os rebeldes estão cada vez mais próximos da Capital e estão dispostos a qualquer coisa para derrubar o presidente Snow. Peeta (Josh Hutcherson, de Escobar: Paraiso Perdido) está melhorando das torturas sofridas enquanto era prisioneiro, porém lentamente. Katniss acredita que esta guerra só se encerrará caso ela mate o presidente Snow. E será isto que ela tentará fazer, com ajuda ou sem ajuda.

Este último longa da franquia continua sendo dirigido por Francis Lawrence (Água para Elefantes). Atrás das câmeras desde Jogo Vorazes: Em Chamas, Francis manteve o mesmo ritmo imposto aos dois filmes anteriores. Um ritmo rápido, próprio para um filme de ação, porém na medida certa para que os aspectos políticos, amorosos e midiáticos pudessem ser mostrados de uma forma que os espectadores conseguissem acompanhá-los e entendê-los.

Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Julianne Moore e Donald Sutherland estão equilibrados em suas interpretações. Claro que Moore e Donald, neste quesito, têm mais experiência que os demais, mas Jennifer Lawrence, por exemplo, deixa evidente do porquê ter ganho o Oscar por O Lado Bom da Vida. Lian Hemswoth e Josh Hutcherson não ficam atrás desse trio, mas este último – até por ser mais exigido na história – se sobressai mais do que o primeiro.

Além dos três citados anteriormente, duas atrizes se destacam nesta produção: Michelle Forbes e Patina Miller. Patina, a Comandante Paylor, demonstra toda a força que a personagem tem em cena. Michele Forbes também não deixa nada a dever ao fazer o papel de umas das chefes militares dos rebeldes.

Por ser o último filme da franquia Jogos Vorazes, aquele no qual todas as pontas deixadas ao longo dos outros filmes têm de ser explicadas, a história deste está mais arrastada. O ritmo também está mais lento devido às diversas explicações sobre os comportamentos e as decisões tomadas por todos os personagens fundamentais. Percebe-se também uma evolução na história contada nesta franquia de filmes. As ideias mostradas e demonstradas neste último filme parecem querer acompanhar o crescimento do seu público.

Os roteiristas deste último Jogos Vorazes foram Peter Craig (Atração Perigosa) e Danny Strong (O Mordomo da Casa Branca). Eles trabalharam em cima de uma adaptação feita pela própria autora dos livros, Suzanne Collins. Ela teve que adaptar o seu próprio livro para as telas grandes, porque, além de manter a coerência com o que estava sendo contado nos filmes, aconteceu a morte de Philip Seymour Hoffman. O personagem dele, Plutarch, é bem fundamental na história e a morte do ator o fizeram além de mudar um pouco a história, colocá-lo neste filme de maneira digitalizada.

A edição de Jogos Vorazes: A Esperança – O Final foi de Alan Edward Bell (O Espetacular Homem-Aranha) e Mark Yoshikawa (A Árvore da Vida). Eles conseguiram dar o ritmo e a velocidade necessários. Provavelmente, não tiveram problemas em fazê-lo devido ao bom material que tinham em mãos para trabalhar. Um bom trabalho realizado também pelo diretor de fotografia, Jo Willems (da série Gotham).

A trilha sonora ficou a cargo de James Newton Howard (O Abutre). Newton a executou de maneira a não se destacar ou a não atrapalhar as cenas nas quais foi usada. Ainda sobre o som, usando uma nova tecnologia da Dolby, Dolby Atmos, o responsável Jeremy Peirson (A Lenda de Oz) pode destacar cada som durante a fixação deles no filme. O que se percebe bem ao prestar atenção aos sons vindos de diferentes lugares na sala de exibição ao assisti-lo.

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