Críticas

Crítica 2 | Ricki and the Flash: De Volta pra Casa

Não bastasse o fato de ser uma das melhores atrizes de todos os tempos em Hollywood, Meryl Streep também sabe cantar. Na fase mais recente de sua carreira, soltou a voz em musicais como Mamma Mia! (2008) e Caminhos da Floresta (2014). Mas faltava se entregar ao rock’n’roll, o que ela faz com maestria em Ricki and the Flash: De Volta pra Casa, que estreia nesta quinta-feira (3) nos cinemas brasileiros.

Dirigido por Jonathan Demme (O Silêncio dos Inocentes e Filadélfia), o longa tem roteiro de Diablo Cody, de Juno (2007) e Garota Infernal (2009). Ou seja, boas referências não faltam nesta produção. Além disso, Meryl atua novamente com Kevin Kline, com quem contracenou em A Escolha de Sofia (1982) e A Última Noite (2006). Personagem que dá título ao filme, Ricki Rendazzo (Meryl) há muito tempo abandonou a família para seguir o sonho de ser uma estrela do rock. Apesar de não ter alcançado lá muito sucesso, ela vive sem arrependimentos na Califórnia, trabalhando como caixa de supermercado durante o dia e tocando com sua banda The Flash, à noite, em um pequeno bar. No palco, ela divide a cena com o guitarrista Greg (o roqueiro Rick Springfield), com quem tem um namoro não muito assumido.

É então que seu ex-marido Pete (Kline) telefona avisando que a filha do casal, Julie (Mamie Gummer, filha de Meryl na vida real também), está em depressão após ter se separado do marido. Ele pede que Ricki vá visitá-los em Indianápolis, mesmo ela não tendo uma relação muito boa com a família. Chegando lá, Ricki descobre que a situação é um pouco mais complicada do que lhe foi dito. Julie tentou suicídio e não quer nem saber da mãe, assim como seus dois irmãos. A atual mulher de Pete, Maureen (Audra McDonald), também não a vê com bons olhos. A grande verdade é que a veterana roqueira não se encaixa mais ali. Apesar disso, dará o seu melhor para tentar se reaproximar dos filhos.

A história se desenvolve em meio a inúmeras performances de Ricki and the Flash, que arrasa com covers de Tom Petty, Bruce Springsteen e U2, entre outras. Para agradar aos fãs mais novos, a banda ensaia até um pouco de Lady Gaga e Pink. Diablo Cody faz uma rápida aparição durante uma das músicas. E Meryl Streep não faz feio em nenhum momento.

Mesmo com todos esses fatores, falta um pouco de coesão ao filme. A produção é simpática, mas parece se perder um pouco da metade para o final. Ainda assim, vale ser assistida como diversão leve, além da ótima qualidade da banda Ricki and the Flash.

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