Críticas

Crítica | Jogada de Mestre

E se a ideia brilhante para lhe fazer rico, pode, ao contrário disto, lhe fazer perder tudo o que mais ama? Esta situação pode ser vista no filme Uma Jogada de Mestre. Esta produção entre Holanda, Reino Unido e Bélgica é baseada em fatos reais: o sequestro de Alfred “Freddy” Heineken, o proprietário da cervejaria Heineken.

Baseada em um livro sobre o caso do repórter e jornalista investigativo Peter de Rudolf Vries, que acompanhou as investigações do inicio ao fim, o filme conta como os amigos Cor Van Hout (Jim Sturgess, de A Viagem), Willem Holleeder (Sam Worthington, de Avatar e Fúria de Titãs), Jan Boellar (Ryan Kwanten, da extinta série True Blood) e Frans ‘Spikes’ Meijer (Mark van Eeuwen, ator essencialmente holandês) elaboraram, planejaram e executaram o sequestro do herdeiro e dono da Heineken, Freddy Heineken (Anthony Hopkins, de Thor e O Silêncio dos Inocentes) e do seu motorista, Ab Doderer (David Dencik, de Dívida de Honra e O Espião Que Sabia Demais), em 1983, em Amsterdã, Holanda.

O roteiro do filme, escrito por William Brookfield, dá um foco incomum em histórias de sequestro: as consequências no dia a dia dos sequestradores. As diferentes situações pelas quais se passa ao se preparar, ao realizar e ao raptar e manter uma pessoa – ainda mais um dos homens mais ricos e conhecidos do país – encarcerada por um tempo são mostradas. Este é um aspecto pouco observado em produções cinematográficas.

A direção do longa ficou a cargo do sueco Daniel Alfredson (de Millennium: A Menina Que Brincava com Fogo e Millennium: A Rainha do Castelo de Ar, respectivamente, o segundo e o terceiro filme da versão sueca original da franquia). Ele soube como dar um bom ritmo a história que mostra as diferentes reações dos envolvidos no rapto e daqueles que o cercam.

A edição deste filme não está impecável. Em alguns momentos, parece ter havido um pulo na história, quando, realmente, isto não ocorreu. Entretanto, os diferentes ritmos do filme estão corretos: mais lento quando da preparação e nos momentos de intenso diálogo e mais rápido nas cenas de ações e movimentação intensa.

A interpretação dos atores está boa, mas com destaque para a do já consagrado e quase sempre muito bom ator Anthony Hopkins e a do também inglês Jim Sturgess. A dos demais não está ruim, porém não chegam a capturar a atenção do espectador como a dos dois citados.

A reconstituição da época consegue transportar os espectadores para a capital dos Países Baixos. Outro aspecto que ajuda na ambientação é a trilha sonora. As músicas selecionadas também ajudam colocar quem está assistindo em Amsterdã dos anos 80 do século passado.

Para aqueles que gostam de filmes que são inspirados em fatos que realmente aconteceram, este é um ótimo filme para se assistir.

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